20080217





E assim, não mais que de repente. Você inicia uma jornada, como se fosse um dicionário em branco. Sem vocabulário. Como se todos tivessem lido sobre o assunto, mas voce esta com amnésia.


Neste momento percebo que preciso sair e ir para outro lugar. Tornei-me monossilábica. Sem retórica. E isso está criando um monstro, alimentando uma nova jornada que a qualquer momento ira se desabrochar. Talvez seja a metamorfose. Quero gritar.


Brincadeira tem hora e é poderosa. Irriga o ser, mas interfere na jornada. Que enorme confusão. Ser alguém pode implicar em passar uma etapa só.

Como se fala em canções sertanejas, Ah! Pássaro Azul! Que falta você me faz. Que falta me faz não poder dividir a transição com alguém como voce. Compartilhando sentimentos com o sistema. Em busca de qualquer visão. Mediação.

Sinto falta da noite de jazz, madrugada de poesia, e alvorecer caótico, inspirado em brisa, tapete, café, e luz. Nada irá voltar a vir a ser. Mas a inspiração para o futuro ainda dita.

Sensação de estar dependurada de ponta a cabeça. Mesmo que minhas palavras, um retrato de uma receita de mulher, me entristecem pesar que não sou aquela que se o poeta visse, se apaixonaria.


Cometi alguns erros, entrei pela via errada. As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam. E que o amor e ódio se emana na fogueira das paixões. Entristece-me pensar que tudo acabou, que nada resta. E me comporto a pensar que essa tentativa de existência, por hora equilibrista, tende a desponta-se em flor. Uno, duo, uno duo.

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