Entrei para o Second Life, com um nome doce que me lembra outras épocas. O nome do meu personagem tem tudo a ver com o objetivo do jogo. E mais ainda com meus sonhos de voar, flutuar, voltando a ser alguém que fui.
O pesar maior da história é que terá de ser contada de diferente maneira. Serei obviamente lida como um outro ser humano diferente do que sou internamente, por que não consigo ser transparente, acho que essa é minha maior frustação.
O que me impede de viver o sonho interno que na verdade é um aglomerado de perfeições. Sinto todos os dias, o pesar de não estar próxima do meu verdadeiro espelho.
Por isso tento aplicar meu tempo em coisas mais objetivas, diferentes de sonhar, como escrever, xilogravurar, caminhar, ou seja sentir as consequências de estar só.
Comendo frutas, dos mais diferentes gostos, e avançando em rumo ao desconhecido.
Trabalhando a psicose, a neurose, com MOrriTOS, uma bebida cubana que aprendi a fazer, refrescante a base de rum, hortelã, limão e água gaseificada e muito melhor que cerveja.
Há dois dias atrás estava em Eugenópolis, essa viagem me fez bem. Cruzei todo o estado de minas em direção ao Rio de Janeiro, lugar plano e ensolarado. Muitas carroças e caminhões, a Igreja tinha pinturas da desolação promovida pelas chuvas contínuas de 2006, o povo curioso, o queijo de boa qualidade. Em 1 hora já se percorria todas as ruas.
Singela, essa é a palavra que caracteriza essa cidade, no vale de montanhas que se parecem a desenhos infantis, praças e bicicletas, um lugar que não cresceu, permaneceu jovem, apenas adquiriu conhecimento, com seu hospital, forum, corpo de bombeiros . Não me lembra a infância, por que já nasci em um cidade com cinema, fico perdida Quando não há cinema no lugar.
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