20091222
20091221
Mensagem do meu Sonho
1 Ouve, Senhor, a justa causa; atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração, que não procede de lábios enganosos.
2 Venha de ti a minha sentença; atendam os teus olhos à eqüidade.
3 Provas-me o coração, visitas-me de noite; examinas-me e não achas iniqüidade; a minha boca não transgride.
4 Quanto às obras dos homens, pela palavra dos teus lábios eu me tenho guardado dos caminhos do homem violento.
5 Os meus passos apegaram-se às tuas veredas, não resvalaram os meus pés.
6 A ti, ó Deus, eu clamo, pois tu me ouvirás; inclina para mim os teus ouvidos, e ouve as minhas palavras.
7 Faze maravilhosas as tuas beneficências, ó Salvador dos que à tua destra se refugiam daqueles que se levantam contra eles.
8 Guarda-me como à menina do olho; esconde-me, à sombra das tuas asas,
9 dos ímpios que me despojam, dos meus inimigos mortais que me cercam.
10 Eles fecham o seu coração; com a boca falam soberbamente.
11 Andam agora rodeando os meus passos; fixam em mim os seus olhos para me derrubarem por terra.
12 Parecem-se com o leão que deseja arrebatar a sua presa, e com o leãozinho que espreita em esconderijos.
13 Levanta-te, Senhor, detém-nos, derruba-os; livra-me dos ímpios, pela tua espada,
14 dos homens, pela tua mão, Senhor, dos homens do mundo, cujo quinhão está nesta vida. Enche-lhes o ventre da tua ira entesourada. Fartem-se dela os seus filhos, e dêem ainda os sobejos por herança aos seus pequeninos.
15 Quanto a mim, em retidão contemplarei a tua face; eu me satisfarei com a tua semelhança quando acordar.
20091124
O Ombro direito
o ARDOR em
PRETO E BRANCO.
com TODAS AS LETRAS do meu nome
Encontrou a CAVERNA onde
onde o CHORO deixou as
MÃOS ENRRUGADAS, aliviando o
CORAÇÃO.
ANJO,
SUSTO E SENTIMENTO em
PALAVRAS BOAS.
OMBRO,
LEVE.
PENSAMENTO
INTEÇÃO de
INTEGRIDADE
ILUSÃO do
PASSADO em
BREVE MOMENTO
AMOR
CORAÇÃO QUEIMA
FALAR NÃO FALAR
OPORTUNIDADE de
DEIXAR ACONTECER o primeiro
TOQUE.
20091121
CECILIA MEIRELES
Escreverás meu nome com todas as letras,
Com todas as datas
- e não serei eu.
Repetirás o que me ouviste,
O que leste de mim, e mostrarás meu retrato
- e nada disso serei eu.
(...)
Somos uma difícil unidade
De muitos instantes mínimos
- isso seria eu.
Mil fragmentos somos, em jogo misterioso,
Aproximamo-nos e afastamo-nos, eternamente
- Como me poderão encontrar?
Novos e antigos todos os dias,
Transparentes e opacos, segundo o giro da luz
- nós mesmos nos procuramos.
E por entre as circunstâncias fluímos,
Leves e livres como a cascata pelas pedras.
- Que metal nos poderia prender?
Cecilia Meireles
20091025
20091008
20091005
20091004
Gloria Trevi - La reina de Mexico ahora acá!
Envie su conmentario?
Gloria Trevi -Sufran Con Lo Que Yo Gozo - Funny bloopers are a click away
20090928
Cristal - Int. 4:20
20090915
otra vez
em cart'ao postal.
mais uma vez
a ajudar alguem
que precisa
fotos
fotos descart'aveis
s'o
sem mais lembrancas
a camera estragou
ja [e
20090913
ayer, nino!
20090903
20090901
20090727
20090611
20090529
Mi padre en 1982
CW EM 1982
Tenho o direito de me lembrar de ti, meucaro, mómamie.
da gram. Pioriteiro das alvora cebola.
apenas um minuto, lembrar do passado, de tudo que
aprendi nesta escola.
x--
quimigraf--quimifoto--quimica
A PRIMEIRA COISA PENSADA SE SEGUE A PRIMEIRA COISA IMPENSADA
A SENSIBILIDADE DIZ COM OS OS NERVOS COM O TOQUE;
E A VISÃO.
A VISÃO SE ENGANA;
DESCOBRE
DESCOBRE
SE ENGANA;
SO DEPOIS DE ALGUM TEMPO A NOÇÃO DESTE PASSADO;
O ESPIRITO DE PROGRESSO É IRREQUIETO;
A PERMANENCIA NOS INQUIETA;
A PARTIDA É AGUARDADA;
X:::::
SOMENTE A CONSTANCIA DARA SEQUENCIA
FARA EXISTIR UMA MEMORIA;
POEIRA SE PERDE NO TEMPO;
O ENTRE O ANTES E O DEPOIS É PENSAR NA TEREZA;
REALIZA?REALIZA?FUMAÇA.
X--
LEVANTA CEDO; TRABALHA?TRABALHA;
papi te amo
taty
20090510
20090430
Je suis a panter!
A cada segundo o mundo gira, conceitos obscuros são jogados em minha jaula.
Cutucam a pantera com a vara curta ela ~ferocifica~
Chicoteiam. Tentam acalmá-la dizendo que está fora de foco quando se deixa exaltar.
Ou Dizem que deve deixar de ser paciente demais para com outros e usar mais paciência consigo mesma.
Falam do sofrimento profundo e ela os desvirtua para o mundo, para as praças para os pequenos prazeres da vida.
Essa confusão de Confúcio.
Regenero-me. Entro em curso com outros prazeres. Batalho pelo sonho ser o meu ideal.
Angustiada choro e conto. Elas não cabem mais em mim, brotam.
Um ser em preparação psicológica, pouco genuína.
Que luta contra o ordinário.
Que sente o mal do mundo em dores de barriga e que devora um prato comercial, pois será ele o seu sustento de hoje.
De que adianta enfeitar de sonhos as vidas alheias se a realidade esta estagnada pelos seres fracos e sem coragem.
Covardes e anti-solidários.
je mon fou.
20090427
Brasil X paris
eu: oi,oi!
sydruot: tudo bem ?
faz um tempão
eu: tudo em fluxo com crescimento...
e vc? e a musica?
sydruot: eu
bem
a musica
tô gravando algumas musicas
eu: ainda estudando a cultura brasileira?
sydruot: ainda sim
mas tô estudando mais um jeito de misturar
estudar no Brasil
sim
aqui na frança
não da nada
tô fora da musica brasileira tocada pelos francês
e fora do Brasil
precisei me encontrar
me encontrei
sempre gostando das viagens ?
Enviado às 20:07 de quinta-feira
eu: uau!
viagens sao retratos de nos mesmos
de nossas realidade internas
sempre estou a viajar
agora mesmo estou de ferias imaginarias em minha propria cidade
mas, o que vc encontrou?
sydruot: tô querendo viajar mais
eu
essa parte de mim que faltava
de assumir o eu inteiro
não soh o personagem do Paris
de ajudar o criança a sair de novo
Enviado às 20:13 de quinta-feira
sydruot: não me sinto diferente de antes
mas menos espalhado
e com mais vontade de crer em mim
é complicado
não vou te contar
seria longe demais
Enviado às 20:16 de quinta-feira
eu: rs
sydruot: a relação com meu pae ta mudando muito desde que voltei do Brasil
eu: ser alguem do mundo
sydruot: e me muda muito tb
eu: familia
sempre nos ajuda a crescer
sydruot: tava esperando um sinal
sem saber
e ele me deu
sem saber
desculpe
...
tô muito emotivo hoje
eu: qual é, emoçao é a alma do negocio
sydruot: meu tio morreu sexta passada
fui me despedir dele hoje
e meu pae chorou nos meus braços como uma criança
era o irmão da miha mae
e a cada vez que encontro ele desde que voltei
acontece coisas assim
ele tah se dando tanto agora
me faz tão bem
eu: já perguntou a o que tem o tocado dessa maneira?
sydruot: não entendi
eu: ja perguntou o que aconteceu para ele esta assim com os sentimentos aflorados?
sydruot: ele ficou com medo que eu ia não voltar
ele tem 73 anos de idade
eu: rs, entao aproveite seu tempo com ele dessa maneira tao linda que vc encontrou!
compartilhando!!!!
sydruot: sabe
ele escondeu muito o que ele tava
atras de uma relação mestre-aluno
eu: ele é seu mestre? alem de pai?
sydruot: não mostrar as emoções
sim muito
porque ele ficou com medo do mundo das emoções pra mim
porque ele é muito desse mundo
mas aprendeu a esconder
eu: as vezes percebo que esse e o papel de nossos pais
serem neutros
sydruot: e queria que eu "fasiasse" a mesma coisa
eu: e só depois de ver que somos crescidos e que já aprendemos a nos orientar no mundo das emoçoes é que eles se sentem livres para partilhar conosco às deles!
sydruot: pois é
eu: "fizesse"
sydruot: obrigado
que bom que isso acontece agora
20090412
a menina do mar
e o meu coitado, parece grande de mais
e parece ao outro sadio, embora esteja abandonado.
meu corpo se tranforma em algo demasiado frágil. demasiado educado, demasiado sadio.
ai, minha sutil perfeiçao, minha sutil distorçao assusta, inebria, aliena, entristece.
a alegria. em rabiscos.
20090331
Parte 2 da antiguididade
A Divina Comédia – Inferno - Canto I
Adaptação em prosa por Helder da Rocha
Quando eu me encontrava na metade do caminho de nossa vida, me vi perdido em uma selva escura, e a minha vida não mais seguia o caminho certo. Ah, como é difícil descrevê-la! Aquela selva era tão selvagem, cruel, amarga, que a sua simples lembrança me traz de volta o medo. Creio que nem mesmo a morte poderia ser tão terrível. Mas, para que eu possa falar do bem que dali resultou, terei antes que falar de outras coisas, que do bem, passam longe.
Eu não sei como fui parar naquele lugar sombrio. Sonolento como eu estava, devo ter cochilado e por isso me afastei da via verdadeira. Mas, ao chegar ao pé de um monte onde começava a selva que se estendia vale abaixo, olhei para cima e vi aquela ladeira coberta com os primeiros raios do sol. A cena trouxe luz à minha vida, afastou de vez o medo e me deu novas esperanças. Decidi então subir aquele monte. Olhei para trás uma última vez, para aquela selva que nunca deixara uma alma viva escapar, descansei um pouco, e depois, iniciei a escalada.
Eu havia dado poucos passos, quando, de repente, saltou à minha frente um ágil e alegre leopardo. Astuto, de pêlos manchados, de todas as formas ele impedia que eu seguisse adiante. Não adiantava desviar ou buscar outro caminho, pois no final, ele sempre estava lá, bloqueando a minha passagem. Várias vezes tentei vencê-lo. Várias vezes falhei.
O dia já raiava e o sol nascia com aquelas mesmas estrelas que acompanharam o mundo no seu primeiro dia. A luz e a claridade daquele dia especial renovaram minhas esperanças, e me fizeram acreditar que iria conseguir vencer aquela fera malhada.
Mas a minha esperança durou pouco e o medo retornou quando vi surgir, diante de mim, um leão. Ele parecia avançar na minha direção, com a cabeça erguida, tão faminto e raivoso que até o próprio ar parecia temê-lo. E depois veio uma loba, magra e cobiçosa, cuja visão tornou minha alma tão pesada, pelo medo que me possuiu, que não vi mais esperança alguma na escalada. A loba avançava, lentamente, e me fazia descer, me empurrando de volta para aquele lugar onde a luz do Sol não entra.
Quando eu já me encontrava na beira daquele vale escuro, meus olhos aos poucos perceberam um vulto que se aproximava, que apagado estivera, talvez por excessivo silêncio.
- Tenha piedade de mim - gritei ao vê-lo - quem quer que sejas, sombra ou homem vivo!
- Homem não mais - respondeu o vulto -, homem eu fui um dia. Nasci em Mântua, nos tempos de Júlio César e vivi em Roma no império de Augusto. Fui poeta e narrei a odisséia de Enéas, que fugiu de Tróia depois do incêndio. E tu, por que não sobes o precioso monte, princípio e causa de toda glória?
- Tu és Virgílio? - perguntei vergonhoso - Ora, tu és meu mestre e meu autor predileto! Foi contigo que aprendi o belo estilo poético que me deu louvor. Eu não subi o monte por causa dessa fera. Ela me faz tremer os pulsos. Ajuda-me, sábio famoso! Ajuda-me a enfrentá-la!
- A ti convém seguir outra viagem - respondeu o poeta, ao me ver lacrimejando - pois essa fera, essa loba, é a mais feroz e insaciável de todas. Ela só partirá quando finalmente vier o Lebreiro que para ela será a dura morte. Ele não se alimentará nem de dinheiro, nem de terras; só a sua sabedoria, amor e virtude poderão nutri-lo. Ele virá para salvar a tua Itália caída. Ele irá caçar essa fera em todas as cidades até encontrá-la, quando então a matará e a conduzirá de volta ao inferno, de onde a Inveja, primeiro a trouxe para este mundo.
Depois, me fez uma proposta:
- Eu acho melhor, para teu bem, que me sigas. Eu serei o teu guia. Te levarei para um lugar eterno onde verás condenados gritando, em vão, por uma segunda chance. Depois verás outros que sofrem contentes no fogo, pois têm esperança de um dia seguir ao encontro daquela gente abençoada. E depois, se quiseres subir ao céu, lá terás alma mais digna do que eu, pois o imperador daquele reino me nega a entrada, pois à sua lei eu fui rebelde.
- Poeta - respondi -, eu te imploro, em nome desse Deus que não conheceste, que me ajudes a fugir deste mal ou de outro pior. Eu te seguirei a esses lugares que descreveste. Que eu possa ver a porta de São Pedro e os tristes sofredores dos quais falaste!
Ele então moveu-se, e eu o acompanhei.
Divina Comédia? Assim era o desejo no mundo encantado:
Nel mezzo del cammin di nostra vita
mi ritrovai per una selva oscura
ché la diritta via era smarrita.
Ahi quanto a dir qual era è cosa dura
esta selva selvaggia e aspra e forte
che nel pensier rinova la paura!
Tant'è amara che poco è più morte;
ma per trattar del ben ch'i' vi trovai,
dirò de l'altre cose ch'i' v'ho scorte.
Io non so ben ridir com'i' v'intrai,
tant'era pien di sonno a quel punto
Ma poi ch'i' fui al piè d'un colle giunto,
là dove terminava quella valle
che m'avea di paura il cor compunto,
guardai in alto, e vidi le sue spalle
vestite già de' raggi del pianeta
che mena dritto altrui per ogne calle.
Allor fu la paura un poco queta
che nel lago del cor m'era durata
la notte ch'i' passai con tanta pieta.
E come quei che con lena affannata
uscito fuor del pelago a la riva
si volge a l'acqua perigliosa e guata,
così l'animo mio, ch'ancor fuggiva,
si volse a retro a rimirar lo passo
che non lasciò già mai persona viva.
Poi ch'èi posato un poco il corpo lasso,
ripresi via per la piaggia diserta,
sì che 'l piè fermo sempre era 'l più basso.
Ed ecco, quasi al cominciar de l'erta,
una lonza leggera e presta molto,
che di pel macolato era coverta;
e non mi si partia dinanzi al volto,
anzi 'mpediva tanto il mio cammino,
ch'i' fui per ritornar più volte vòlto.
Temp'era dal principio del mattino,
e 'l sol montava 'n sù con quelle stelle
ch'eran con lui quando l'amor divino
mosse di prima quelle cose belle;
sì ch'a bene sperar m'era cagione
di quella fiera a la gaetta pelle
l'ora del tempo e la dolce stagione;
ma non sì che paura non mi desse
la vista che m'apparve d'un leone.
Questi parea che contra me venisse
con la test'alta e con rabbiosa fame,
sì che parea che l'aere ne tremesse.
Ed una lupa, che di tutte brame
sembiava carca ne la sua magrezza,
e molte genti fé già viver grame,
questa mi porse tanto di gravezza
con la paura ch'uscia di sua vista,
ch'io perdei la speranza de l'altezza.
E qual è quei che volontieri acquista,
e giugne 'l tempo che perder lo face,
che 'n tutt'i suoi pensier piange e s'attrista;
tal mi fece la bestia sanza pace,
che, venendomi 'ncontro, a poco a poco
mi ripigneva là dove 'l sol tace.
Mentre ch'i' rovinava in basso loco,
dinanzi a li occhi mi si fu offerto
chi per lungo silenzio parea fioco.
Quando vidi costui nel gran diserto,
«Miserere di me», gridai a lui,
«qual che tu sii, od ombra od omo certo!».
Rispuosemi: «Non omo, omo già fui,
e li parenti miei furon lombardi,
Nacqui sub Iulio, ancor che fosse tardi,
e vissi a Roma sotto 'l buono Augusto
nel tempo de li dèi falsi e bugiardi.
Poeta fui, e cantai di quel giusto
figliuol d'Anchise che venne di Troia,
poi che 'l superbo Ilión fu combusto.
Ma tu perché ritorni a tanta noia?
perché non sali il dilettoso monte
ch'è principio e cagion di tutta gioia?».
«Or se' tu quel Virgilio e quella fonte
che spandi di parlar sì largo fiume?»,
rispuos'io lui con vergognosa fronte.
«O de li altri poeti onore e lume
vagliami 'l lungo studio e 'l grande amore
che m'ha fatto cercar lo tuo volume.
Tu se' lo mio maestro e 'l mio autore;
tu se' solo colui da cu' io tolsi
lo bello stilo che m'ha fatto onore.
Vedi la bestia per cu' io mi volsi:
aiutami da lei, famoso saggio,
ch'ella mi fa tremar le vene e i polsi».
«A te convien tenere altro viaggio»,
rispuose poi che lagrimar mi vide,
«se vuo' campar d'esto loco selvaggio:
ché questa bestia, per la qual tu gride,
non lascia altrui passar per la sua via,
ma tanto lo 'mpedisce che l'uccide;
e ha natura sì malvagia e ria,
che mai non empie la bramosa voglia,
e dopo 'l pasto ha più fame che pria.
Molti son li animali a cui s'ammoglia,
e più saranno ancora, infin che 'l veltro
verrà, che la farà morir con doglia.
Questi non ciberà terra né peltro,
e sua nazion sarà tra feltro e feltro.
Di quella umile Italia fia salute
per cui morì la vergine Cammilla,
Eurialo e Turno e Niso di ferute.
Questi la caccerà per ogne villa,
fin che l'avrà rimessa ne lo 'nferno,
là onde 'nvidia prima dipartilla.
Ond'io per lo tuo me' penso e discerno
che tu mi segui, e io sarò tua guida,
e trarrotti di qui per loco etterno,
ove udirai le disperate strida,
vedrai li antichi spiriti dolenti,
ch'a la seconda morte ciascun grida;
e vederai color che son contenti
nel foco, perché speran di venire
quando che sia a le beate genti.
A le quai poi se tu vorrai salire,
anima fia a ciò più di me degna:
con lei ti lascerò nel mio partire;
ché quello imperador che là sù regna,
perch'i' fu' ribellante a la sua legge,
non vuol che 'n sua città per me si vegna.
In tutte parti impera e quivi regge;
quivi è la sua città e l'alto seggio:
oh felice colui cu' ivi elegge!».
E io a lui: «Poeta, io ti richeggio
per quello Dio che tu non conoscesti,
acciò ch'io fugga questo male e peggio,
che tu mi meni là dov'or dicesti,
sì ch'io veggia la porta di san Pietro
e color cui tu fai cotanto mesti».