Leander Mattioli PasqualBelo Horizonte / MG
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Pequena
Pequena borboleta vestida de mulher,
Pequena borboleta vestida de mulher,
filha do vento e do mar,
teu nome é mistério
de uma língua sagrada que desejo decifrar.
Das noites sem sono,
Das noites sem sono,
do amor recém brotado
no fio comprido da madrugada,
vejo surgirem as asas formosas
que embalam nossos corpos
num vôo sublime de indomável devoção.
Então, quando nada mais sinto
além da força de amar,
tenho a impressão de ter sido vítima
da mais graciosa criatura que por sorte do destino
resolveu a mim se revelar.
Quase adormecidos,
Quase adormecidos,
já nos primeiros raios de alvorada,
ainda navegamos impacientes pelo céu
com a candura da mais bela estrela
a espera do momento pleno de nossa jornada.
Assim, quando enfim alcançamos
o ponto irreversível do amor,
tuas asas, fonte de brilho, perfume e mel,
abrem-se decididamente na curva do tempo
formando os imensos pincéis pluma
dos que devolvem ao dia
as cores roubadas pela noite.
Não fosse a luz derramada
Não fosse a luz derramada
pelo beijo de tuas asas,
pequenina minha,
o dia para sempre apagado estaria
de tal maneira
que na tua falta
eu nas sombras sozinho ficaria.
Um comentário:
devolve as minhas blusas!
grrrrr...
abraços!
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