Aqui no Frio fog de Afonso Pena,
Delírios de Exposição Solitariamente Direcionadas
às palavras de efeito solitário e
rítmico como rios que nascem
e crescem sozinhos até chegarem ao mar.
Palavra que transmite a aproximação de dois seres...
Sentimento brusco e envolvente
como um eterno tilhintar de ondas
ou notas musicais de bahr.
Por sobre o Curral,
nuvens gigantescas decoram o céu
para aqueles que perderam asas
em troca da fria alusão da eterna sinfônia
de sinos como as luses classicamente bucólicas
que decoram o rumo escolhido
do ambulante qualquer que passa
através dos vidros polídos na semana passada.
Baleiros enfeitam o local
enquanto a arca russa comedia
as fantásticas idéias dos filósofos
de Veludo Vermelho.
O relógio sem horas acorrenta os
que por frio se acolhem a corpos de qualquer direção.
Blusas por blusas
o esperar do chegar concreto,
onde de concretude nada existe
se não a eterna piedade de narciso.
Ato egoísta porém cego, surdo e mudo.
Como um dia de frio fog na Afonso Pena
onde os baleiros tocam balas
como chocalhos de cascavél,
analgeésicos capazes de amenizar a dor que a voz não fala....