20070128

Introspeção


"Alguém que me procurtem de começar-e de se ficar-pelas palavras."Ruy Belo


"Sim: eu sou um sonhador. Pois o sonhador é alguém que apenas consegue achar seu rumo à luz da lua, e a sua punição é que ele vê o amanhecer antes do resto do mundo."Oscar Wilde



Choro

Dia após dia, meus olhos ficam atentos a qualquer modificação humana. Hoje chorei, chorei por não merecer ser ludibriada por aqueles que quero bem. Chorei por não acreditar no dia de hoje, por ser um humano que não incapacitado de planejar, aturdido pela dor e a realidade, por não mais pertencer aos que um dia me quiseram bem, Chorei por ter perdido a linha da simplicidade, da crença, da ilusão. Mas o que é a vida entaõ se não a tentativa de esclarecimento. Sim, este é um objetivo humano. Uma lágrima, que derrama as mentiras de outrem. Derrama também o desespero da aquisão de consciência. Consciência mundial, esta que está escrita nos livros, e que persiste em guerriar o poder capital e, também a consciência sentimental da dor, do ser humano perdido em seu espaço, em sua mente. Chorei. Chorei por mim e, chorei também por ti. Mas as vezes em sonho me reencontro com as partes e pessoas boas da vida. Aquelas que fizeram meus olhos brilharem, me concedendo uma lembrança prazeirosa, que em outras palavras seria doce, ondular, cinemátográfica e perfeita. Momentos remotos, de loucura, que realmente existirão e foram semente de um progresso, que não diria ideal, mas memorável.

20070119

Vida

Vejo a vida como quadros
em que eu sou passageira...

20070117

A existência do Afeto





De repente, não mais que derepente,

os instintos não se misturam mais
a necessidade do prazer, de ser mulher
de receber a carne nua, crua e fria dentro
do ser se resume em completar a atividade
ciclica da feminilidade.

A vida ativa os órgãos, os vetores mentais
indicam as funções hormonais e racionais.
O mito amor, se resume na existência do afeto,
atividade psiquica que compreende a noções de
cognição entre objetos e humanos, desiludindo outras
noções, a realidade separa os corpos e as mentes,
um torna-se dependente da sabedoria do próximo.

Sabedoria que consiste em abstrair-se da realidade
transformar em penas os rituais diarios,
retirar-se do si, para entregar-se ao outro.

20070116

Tímido Delírio

Aqui no Frio fog de Afonso Pena,
Delírios de Exposição Solitariamente Direcionadas
às palavras de efeito solitário e
rítmico como rios que nascem
e crescem sozinhos até chegarem ao mar.
Palavra que transmite a aproximação de dois seres...
Sentimento brusco e envolvente
como um eterno tilhintar de ondas
ou notas musicais de bahr.
Por sobre o Curral,
nuvens gigantescas decoram o céu
para aqueles que perderam asas
em troca da fria alusão da eterna sinfônia
de sinos como as luses classicamente bucólicas
que decoram o rumo escolhido
do ambulante qualquer que passa
através dos vidros polídos na semana passada.
Baleiros enfeitam o local
enquanto a arca russa comedia
as fantásticas idéias dos filósofos
de Veludo Vermelho.
O relógio sem horas acorrenta os
que por frio se acolhem a corpos de qualquer direção.
Blusas por blusas
o esperar do chegar concreto,
onde de concretude nada existe
se não a eterna piedade de narciso.
Ato egoísta porém cego, surdo e mudo.
Como um dia de frio fog na Afonso Pena
onde os baleiros tocam balas
como chocalhos de cascavél,
analgeésicos capazes de amenizar a dor que a voz não fala....

Fogo Fatuo

A destruição dos sonhos.
A admiração dos fogos de artifício.
O culto da dor.
A sofrível invalidez do ser construido sobre um castelo de ilusões,
sensíveis e limitadas a ação do outro.

A reinteração, reintegração desumana, falsa e complexa.
Seres vazios,
insuficientes de si,
mesmos.

Cativar para ser cativado,
lembrar para ser lembrado.
Todos na roda viva, condicionados a sorrir.
O mundo trabalha para a destruição dos seres baseados nos sonhos.